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Nevos: tipos, riscos e importância do acompanhamento

Atualizado em 03/10/2025

Você já reparou em pequenas manchas ou sinais na sua pele e ficou em dúvida sobre o que poderiam ser? Essas marcas, conhecidas popularmente como pintas, recebem o nome médico de nevos e, apesar de serem muito comuns (e benignas, na maioria das vezes), despertam curiosidade e até preocupação em muitas pessoas.

Afinal, é importante saber diferenciar quando um nevo é apenas uma característica natural da pele e quando pode exigir atenção médica.

Por isso, acompanhe este artigo conosco e entenda o que são os nevos, quais são os principais tipos, os riscos associados e por que o acompanhamento dermatológico é importante em todas as idades.

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O que é um nevo?

O termo nevos é usado pela medicina para descrever formações na pele que aparecem como manchas, pintas ou sinais. Eles podem variar em cor, formato e tamanho, e fazem parte da vida de grande parte das pessoas. Existem dois tipos principais:

  • Nevos congênito: já estão presentes no nascimento ou surgem nos primeiros meses de vida;
  • Nevos adquiridos: aparecem ao longo da vida.

Embora essas formações possam surgir em qualquer idade, inclusive em crianças, elas nem sempre representam um problema de saúde, mas como a pele está em constante mudança, a recomendação é para observar as alterações e manter consultas regulares com o dermatologista para ter um acompanhamento seguro.

Quais são os tipos de nevos?

Nem todo nevo é igual: eles podem se apresentar de diferentes formas, cores e tamanhos, e também variam no momento em que surgem e no risco que oferecem.

De maneira geral, os nevos são classificados de acordo com sua origem, aparência e comportamento. A seguir, vamos explicar os principais tipos.

Mãos com luva cirúrgica azul segurando pescoço de mulher com cabelo preso. As mãos apontam para dois nevos logo abaixo da orelha da mulher

Nevo melanocítico

É o tipo mais comum e corresponde àquilo que a maioria das pessoas chama de “pinta” ou “sinal”. Os nevos melanocíticos são formados por células chamadas melanócitos, responsáveis pela produção da melanina (pigmento que dá cor à pele).

Eles podem variar do marrom-claro ao preto, comformato arredondado e bordas bem definidas. Na maior parte dos casos são totalmente benignos e não oferecem riscos.

No entanto, quando apresentam crescimento rápido, alterações de cor ou formato, precisam ser avaliados por um dermatologista.

Nevo congênito

Os nevos congênitos já estão presentes no nascimento ou aparecem nos primeiros meses de vida. Podem variar bastante de tamanho, indo de pequenas pintas até manchas maiores que cobrem áreas significativas da pele.

Na maioria das vezes, são inofensivos. Porém, quanto maiores e mais irregulares, maior a necessidade de acompanhamento, pois em alguns casos podem estar associados a risco aumentado de transformação maligna.

Por isso, crianças com nevos congênitos devem ser acompanhadas desde cedo por um especialista.

Nevos displásico (ou atípico)

Diferente dos tipos mais comuns, o nevo displásico, também conhecido como nevo atípico, apresenta características que fogem do padrão: cores variadas, formato irregular, bordas mal definidas e tamanho maior que o habitual.

Esse tipo de nevo merece atenção especial porque pode se confundir com o melanoma, um tipo de câncer de pele mais agressivo.

Embora nem todo nevo displásico evolua para doença grave, pessoas com esse tipo de sinal precisam de monitoramento regular para detectar precocemente qualquer alteração suspeita. Afinal, o câncer de pele não-melanoma é o mais incidente no país, com 31,3% das ocorrências entre os anos de 2023 e 2025.

Outros tipos menos comuns

Além dos principais, existem outros nevo que aparecem com menor frequência, como:

  • Nevo azul: geralmente de coloração azulada ou acinzentada, devido à profundidade do pigmento na pele;
  • Nevo de Spitz: mais comum em crianças e adolescentes, tem aparência semelhante a um melanoma, mas costuma ser benigno;
  • Nevo epidérmico: formado pelo crescimento anormal de células da epiderme, pode ter aspecto verrucoso.

Embora sejam menos comuns, esses tipos também requerem atenção e acompanhamento médico, principalmente quando apresentam mudanças de aparência.

O nevo pode acometer todas as idades?

Sim. Os nevos podem surgir em crianças, jovens, adultos e até idosos, pois fazem parte do ciclo natural da pele e podem aparecer ou se modificar em diferentes fases da vida.

Em crianças, é comum observar os nevos congênitos, já presentes no nascimento ou que aparecem nos primeiros meses. Alguns podem crescer junto com o corpo, exigindo acompanhamento regular.

Já em jovens e adultos, é mais comum o surgimento dos nevos adquiridos, que podem aparecer em decorrência de fatores genéticos e da exposição solar ao longo do tempo.

Mãos com luva cirúrgica azul analisam paciente. A mão direita segura um aparelho com luz apontada para a pele da paciente, que tem cabelo loiro longo e está deitada

Nos idosos, muitos sinais permanecem estáveis, mas é importante estar atento a mudanças em tamanho, cor ou formato.

Mas atenção: independentemente da idade, o acompanhamento dermatológico é sempre essencial. Afinal, mesmo sinais que parecem inofensivos podem apresentar alterações ao longo dos anos.

O nevo precisa de tratamento?

Nem sempre um nevo exige tratamento. Em muitos casos, ele é apenas uma característica estética da pele. Porém, em algumas situações pode ser necessário removê-lo ou tratá-lo.

Situações em que não há necessidade

A maioria dos nevos não precisa de tratamento quando:

  • Mantêm cor, tamanho e formato estáveis;
  • Não apresentam sintomas como dor, coceira ou sangramento;
  • São considerados benignos após avaliação dermatológica.

Nessas situações, o cuidado principal é a observação periódica, aliada a hábitos de proteção da pele, como o uso de filtro solar e a atenção a alterações futuras. O acompanhamento preventivo ajuda a identificar qualquer modificação que possa indicar a necessidade de intervenção.

Quando o tratamento é indicado

O tratamento é recomendado quando o nevo apresenta:

  • Mudanças perceptíveis na cor, formato ou tamanho;
  • Bordas irregulares, assimétricas ou aparência diferenciada do restante da pele;
  • Sintomas como sangramento, coceira intensa ou desconforto local;
  • Semelhança com características do melanoma, um tipo de câncer de pele;
  • Impacto estético ou psicológico relevante para o paciente.

Nesses casos, o dermatologista realiza uma avaliação detalhada e pode solicitar exames complementares, como dermatoscopia ou biópsia, para definir a conduta mais segura e eficaz, garantindo proteção à saúde e ao bem-estar do paciente.

Opções de tratamento

Existem diferentes formas de tratar ou remover um nevo, sempre de acordo com a recomendação médica:

  • Cirurgia simples: remoção completa do sinal com pequena incisão, geralmente feita em consultório;
  • Biópsia excisional: retirada do nevo para análise laboratorial, indicada em casos suspeitos;
  • Técnicas dermatológicas específicas: como laser ou cauterização, usadas em situações selecionadas.

É importante lembrar que apenas um médico pode indicar o tratamento adequado. A automedicação ou tentativas caseiras de remoção são perigosas e podem trazer complicações.

O nevo pode evoluir para doenças mais graves?

A grande maioria dos nevos é benigna e não representa risco à saúde. No entanto, em alguns casos específicos, um nevo pode se transformar em melanoma, um tipo de câncer de pele mais agressivo.

Isso não significa que toda pinta ou sinal seja perigoso, mas reforça a importância de estar atento às mudanças na pele. 

Só que vale ficar de olho, porque o diagnóstico precoce faz toda a diferença: quanto antes o melanoma é identificado, maiores são as chances de tratamento eficaz e seguro.

Por isso, dermatologistas recomendam observar regularmente os sinais de pele e procurar ajuda médica diante de alterações suspeitas. E uma das formas mais conhecidas de monitorar os nevos é o teste ABCDE:

Infográfico mostrando o ABCDE sobre como tirar um nevo:
Assimetria, Bordas, Cor, Diâmetro e Evolução

Se qualquer um destes critérios for observado, o ideal é agendar uma consulta dermatológica para avaliação especializada.

Como é feito o acompanhamento com o dermatologista?

O acompanhamento dermatológico tem como principal objetivo identificar precocemente qualquer alteração na pele e garantir um tratamento adequado e ágil.

Durante as consultas, o médico avalia o histórico do paciente, realiza exames e orienta sobre cuidados específicos. Entre os principais pontos desse acompanhamento estão:

  • Uso de protetor solar: o dermatologista reforça a importância da proteção diária contra raios UVA e UVB, reduzindo riscos de câncer de pele e o envelhecimento precoce;
  • Autoexame da pele: o paciente é orientado a observar manchas, pintas e lesões que mudem de forma, cor ou tamanho, relatando-as ao médico;
  • Estilo de vida e prevenção: hábitos saudáveis, como evitar o tabagismo, manter boa alimentação e hidratar a pele, também são discutidos durante o acompanhamento.

A frequência das consultas varia conforme o perfil do paciente: pessoas sem histórico de doenças de pele podem se consultar anualmente, enquanto pacientes com predisposição genética ou histórico de câncer de pele precisam de acompanhamento mais frequente, geralmente a cada 3 ou 6 meses.

O dermatologista também pode solicitar exames complementares, como dermatoscopia digital, que permite monitorar lesões suspeitas de forma mais detalhada e comparativa ao longo do tempo.

Outro ponto importante é a diferença entre acompanhamento preventivo e de tratamento. No acompanhamento preventivo, o foco está em orientações gerais, identificação precoce de riscos e manutenção da saúde da pele.

Já em casos de doenças diagnosticadas, como psoríase, dermatite atópica ou câncer de pele, as consultas passam a ter caráter terapêutico, com prescrição de medicamentos, acompanhamento da resposta ao tratamento e ajustes conforme a evolução do quadro.

Cuidados diários para prevenir complicações

Além do acompanhamento médico, a rotina de cuidados diários é fundamental para proteger a pele e prevenir complicações. 

O uso do protetor solar é um dos hábitos mais importantes, já que ele deve ser aplicado todos os dias, inclusive quando o céu está nublado, funcionando como a principal barreira contra os danos causados pela radiação ultravioleta.

Outro ponto relevante é a exposição ao sol. Evitar permanecer sob a luz solar intensa entre 10h e 16h ajuda a reduzir o risco de queimaduras e do desenvolvimento de doenças dermatológicas.

Ao mesmo tempo, manter a pele hidratada fortalece sua barreira natural, prevenindo ressecamentos e irritações que podem se agravar ao longo do tempo.

A alimentação também influencia diretamente na saúde da pele. Uma dieta equilibrada, rica em vitaminas e antioxidantes, favorece a regeneração celular e contribui para a prevenção do envelhecimento precoce.

Da mesma forma, evitar o tabagismo é fundamental, já que o cigarro acelera o processo de envelhecimento e aumenta as chances de complicações cutâneas.

Por fim, observe com atenção as mudanças na pele faz toda a diferença para um diagnóstico precoce. Alterações de cor, textura ou o surgimento de novas manchas devem ser avaliadas por um dermatologista. E para garantir cuidados com a saúde da sua pele, conheça os produtos dermatológicos da União Química.

Conclusão

Os nevos, popularmente conhecidos como pintas ou sinais, fazem parte da vida de grande parte das pessoas e, na maioria das vezes, são alterações benignas da pele. Ainda assim, conhecer seus diferentes tipos e acompanhar possíveis mudanças é fundamental para manter a saúde em dia e prevenir complicações.

Embora a maior parte dos nevos não represente risco, alguns podem evoluir ou se confundir com doenças mais graves, como o melanoma. Por isso, observar atentamente a pele, realizar o autoexame e buscar orientação médica sempre que houver dúvidas ou alterações suspeitas é a melhor forma de garantir segurança e tranquilidade.

A prevenção continua sendo a maior aliada da saúde da pele. Consultas periódicas ao dermatologista, uso diário de protetor solar e hábitos de vida saudáveis contribuem para evitar problemas futuros. 

Cuidar dos nevos é, em última instância, cuidar de si e investir em qualidade de vida.

Referências bibliográficas

Nevos melanocíticos congénitos

Estudo clínico dos nevos melanocíticos congênitos na criança e no adolescente

Padrões clínicos e dermatoscópicos de nevos melanocíticos adquiridos em crianças e adolescentes: estudo transversal da Turquia





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