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Conjuntivite bacteriana: como identificar e se cuidar

Atualizado em 14/10/2025

A conjuntivite bacteriana é uma inflamação nos olhos causada por bactérias. Ela é contagiosa, ou seja, pode passar de uma pessoa para outra, e precisa de cuidados para não piorar. 

Essa infecção atinge a conjuntiva, que é uma parte transparente que cobre a parte branca dos olhos e o interior das pálpebras. Se não for diagnosticada e tratada corretamente, pode prejudicar a saúde dos olhos. 

A conjuntivite é uma das principais causas de atendimento em pronto -socorro oftalmológico. A forma bacteriana é responsável por mais da metade dos casos em algumas regiões. 

Mesmo assim, muitas pessoas tentam se tratar por conta própria ou esperam que melhore sem ajuda médica, o que pode piorar os sintomas e aumentar o risco de passar para outras pessoas..

Neste artigo, você vai entender o que é conjuntivite bacteriana, como ela se diferencia dos outros tipos (como a viral e a alérgica), quais são os sintomas mais comuns, os riscos de não tratar corretamente, por que é importante procurar um médico e quais cuidados ajudam a tratar e evitar a doença.

Antes de começar, conheça a linha completa de produtos oftalmológicos da União Química. Nossas soluções são desenvolvidas com tecnologia, pesquisa e compromisso com a sua saúde visual.

O que é conjuntivite bacteriana?

A conjuntivite bacteriana é uma infecção causada por bactérias que atinge a conjuntiva, uma parte transparente que cobre a parte branca dos olhos chamada esclera e o interior das pálpebras.

Essa condição é contagiosa  e costuma causar sintomas como olhos vermelhos e inchados, coceira, ardência ou sensação de areia nos olhos, pálpebras grudadas ao acordar e sensibilidade à luz.  

Geralmente, afeta os dois olhos ao mesmo tempo e é mais comum em lugares com muitas pessoas, como escolas e creches. Pode acontecer em qualquer idade mas é mais frequente em crianças.

Com o tratamento certo, indicado por um médico, a conjuntivite bacteriana costuma melhorar em poucos dias. Por isso , é importante reconhecer os sintomas logo no começo e seguir  o tratamento corretamente para evitar complicações e não atrapalhar a rotina.

Quais as diferenças entre conjuntivite bacteriana, viral e alérgica?

A principal diferença entre os tipos de conjuntivite está na causa: pode ser uma infecção por bactéria, por vírus ou uma reação alérgica. Cada tipo tem sintomas e formas de evolução diferentes:

  • Conjuntivite bacteriana
    • Causa: infecção por bactérias.
    • Sintomas: olhos muito vermelhos, com secreção purulenta amarelada ou esverdeada (tipo pus), geralmente nos dois olhos.
    • Duração: pode durar até três semanas.
    • Transmissibilidade: é contagiosa.
    • Impacto na visão: raramente afeta a visão.
  • Conjuntivite viral
    • Causa: infecção por vírus, geralmente o adenovírus.
    • Sintomas: olhos vermelhos, lacrimejamento, pálpebras inchadas, visão embaçada e, às vezes, uma película fina chamada pseudomembranas nos olhos.
    • Duração: cerca de sete dias, com melhora espontânea.
    • Transmissibilidade: muito contagiosa.
    • Riscos: se não tratada, pode deixar cicatrizes na conjuntiva.
  • Conjuntivite alérgica
    • Causa: reação a algo que causa alergia, como poeira, pólen ou poluição.
    • Sintomas: coceira forte, secreção clara e viscosa, sem pus.
    • Duração: pode durar mais de duas semanas.
    • Transmissibilidade: não é contagiosa.
    • Fatores de risco: uso incorreto de lentes de contato pode piorar.
Infográfico com diferenças entre a conjuntivite bacteriana, a conjuntivite viral e a conjuntivite alérgica

Saiba mais: Tratamentos para conjuntivite alérgica: saiba o que é eficaz!

Por que é importante ter um diagnóstico correto? 

A conjuntivite bacteriana precisa ser diagnosticada por um profissional de saúde, de preferência um médico oftalmologista. Isso permite que o tratamento seja feito da forma certa e evitar complicações

Usar colírios por conta própria ou sem prescrição médica pode piorar o problema, esconder os sintomas ou até causar efeitos indesejados.

Um estudo feito em um serviço de emergência oftalmológica em Goiânia, mostrou que a conjuntivite foi responsável por 38,5% dos atendimentos, e mais de 74% desses casos foram causados por bactérias. 

Esses dados mostram como é importante identificar corretamente o tipo de conjuntivite para escolher o melhor tratamento.

Embora em alguns casos a infecção melhore sozinha entre 7 e 10 dias, estudos mostram que o uso de colírios com antibióticos tópicos, quando prescritos pelo médico, pode reduzir os sintomas para  2 a 3 dias.

Além disso, o tratamento diminui o risco de transmissão enquanto houver secreção por pus (purulenta) — que é o período em que a doença é mais contagiosa.

Por isso, ao perceber  sinais de conjuntivite, é essencial procurar atendimento médico para confirmar o tipo de inflamação e começar a conduta terapêutica mais segura e eficaz.

Leia também: Inflamação nos olhos: tipos, causas, sintomas e tratamentos

Qual é o tratamento para conjuntivite bacteriana?

O tratamento da conjuntivite bacteriana geralmente é feito com pomadas ou colírios antibióticos, que só podem ser receitados por um profissional de saúde

Esses medicamentos ajudam a acabar com a infecção e reduzir o tempo de duração dos sintomas. O tipo de colírio ou pomada ocular usada depende da gravidade do quadro e das características de cada paciente.

Além dos remédios, é muito importante cuidar bem da higiene ocular e seguir algumas dicas simples em casa. Isso ajuda a aliviar o desconforto, evita que a infecção volte e também impede que outras pessoas peguem. 

No entanto, todo o acompanhamento deve ser feito acompanhado por um médico, que é quem pode confirmar o diagnóstico e indicar o tratamento mais apropriado.

Cuidados durante o tratamento

Enquanto estiver tratando a conjuntivite bacteriana, siga medidas complementares para se recuperar mais rápido e evitar passar a infecção para outras pessoas:

  • Lave bem as mãos frequentemente com água e sabão;
  • Evite tocar ou coçar os olhos;
  • Não compartilhe toalhas, travesseiros, maquiagem ou colírios com outras pessoas;
  • Faça compressas com gaze e soro fisiológico ou água filtrada fria, conforme orientação médica;
  • Não use lentes de contato até que o profissional de saúde libere;
  • Troque lençóis e fronhas com frequência e mantenha tudo limpo;
  • Não use nenhum produto nos olhos que não tenha sido indicado pelo médico.

Esses cuidados simples são importantes para complementar o tratamento prescrito, protegendo o paciente e as pessoas ao seu redor.

Veja o nosso vídeo para conferir outras dicas valiosas para a sua saúde ocular:

Quais as principais causas de conjuntivite bacteriana?

A conjuntivite bacteriana ocorre devido à infecção da conjuntiva por bactérias, que pode ocorrer por diferentes vias. As principais mais comuns que causam esse tipo de conjuntivite são:

  • Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus spp. e Moraxella catarrhalis, geralmente causam os casos mais rápidos e comuns.
  • Chlamydia trachomatis, pode causar conjuntivite em recém-nascidos ou adultos, e em alguns lugares pode virar uma doença chamada tracoma.
  • Neisseria gonorrhoeae, a mesma bactéria da gonorreia, pode causar conjuntivite grave, geralmente transmitida por contato sexual ou durante o parto.

A infecção pode ser transmitida pelo contato direto com secreções dos olhos infectados, ou por meio de objetos contaminados, como toalhas, travesseiros ou maquiagem.

Quais são os fatores de risco associados à infecção? 

Algumas condições aumentam a vulnerabilidade à conjuntivite bacteriana. As principais são: 

  • Uso de lentes de contato sem limpar direito, o que facilita a entrada de bactérias nos olhos.
  • Traumas ou cirurgias oftalmológicas recentes podem comprometer as barreiras naturais do olho, favorecendo a infecção.
  • Presença da síndrome do olho seco ou alterações anatômicas do olho, que comprometem a lubrificação e proteção da conjuntiva.
  • Ter o sistema imunológico enfraquecido, seja por doenças autoimunes ou uso de medicamentos para a defesa do corpo.
  • Estar em lugares com muita gente, como hospitais, escolas ou creches, onde o contato com superfícies e objetos contaminados é mais comum.
  • Uso prolongado de antibióticos nos olhos, que pode aumentar o risco de infecção por bactérias resistentes.

Possíveis riscos e complicações da conjuntivite bacteriana

Menino loiro, vestindo camiseta bege e deitado em colchão branco, aponta para os olhos com conjuntivite usando ambos os dedos indicadores

Na maioria dos casos, a conjuntivite bacteriana melhora sozinha com o tratamento certo. Mas se não for tratada corretamente, pode causar problemas mais sérios nos olhos, como:

  • Ceratoconjuntivite: inflamação que atinge também a córnea, aumentando o risco de dor ocular intensa, fotofobia e redução da acuidade visual.
  • Úlcera de córnea: lesão grave que pode causar cicatrizes permanentes e perda visual parcial ou total.
  • Celulite periorbital ou orbital: infecção que se estende aos tecidos ao redor dos olhos, podendo exigir internação hospitalar.
  • Formação de pseudomembranas: acúmulo de exsudato inflamatório, mais comum em infecções graves ou prolongadas.

Também é importante lembrar que usar colírios antibióticos sem orientação médica pode causar irritações, reações alérgicas ou até ajudar bactérias a ficarem resistentes ao tratamento.

Por isso, é essencial seguir o tratamento indicado e monitorar possíveis sinais de agravamento, buscando reavaliação médica sempre que necessário.

Sinais que indicam piora do quadro clínico

Fique atento aos seguintes sinais, que indicam que a conjuntivite pode estar piorando e precisa de reavaliação por um profissional de saúde:

  • Dor nos olhos que aumenta, especialmente se acompanhada de sensação de areia nos olhos;
  • Presença de secreção espessa continua, mesmo após início do tratamento;
  • Piora da vermelhidão ou inchaço das pálpebras;
  • Fotofobia intensa (sensibilidade à luz);
  • Redução da acuidade visual;
  • Dificuldade para abrir os olhos ao despertar, com pálpebras coladas por secreção;
  • Sintomas que não melhoram após 3 dias de tratamento ou que ficam mais intensos

O acompanhamento clínico é fundamental para evitar complicações e garantir uma recuperação completa e segura.

Conjuntivite bacteriana: perguntas frequentes

Quando aparecem os sintomas ou um diagnóstico recente, é comum surgirem dúvidas sobre a conjuntivite bacteriana. 

Abaixo, respondemos às perguntas mais frequentes sobre duração, contágio,  afastamento e tratamento, para ajudar no cuidado correto e evitar complicações.

Quantos dias dura conjuntivite bacteriana?

A conjuntivite bacteriana pode durar entre 7 e 10 dias, caso não seja tratada. Mas com o uso de colírios ou pomadas antibióticos tópicos prescritos por um oftalmologista, a melhora costuma ocorrer em 2 a 3 dias. 

Cada pessoa pode reagir de forma diferente,então é importante seguir a orientação médica.

Conjuntivite é contagiosa?

Sim. A conjuntivite bacteriana é bem contagiosa enquanto o olho estiver secreção amarelada ou esbranquiçada. A transmissão ocorre por contato direto com essa secreção ou com superfícies e objetos contaminados, como toalhas, travesseiros e cosméticos.

É preciso afastamento das atividades?

Sim. É preciso ficar afastado temporariamente de atividades escolares, profissionais ou sociais, principalmente em locais fechados ou que envolvam contato próximo com outras pessoas. Esse cuidado ajuda a evitar que outras pessoas peguem a infecção

O retorno deve ser feito conforme a orientação do médico, geralmente após a redução dos sintomas e da secreção.

Qual o melhor colírio para conjuntivite?

Recipiente de colírio para os olhos, com gota pendurada na abertura do pote

O melhor colírio para conjuntivite depende do tipo de bactéria e das características de cada pessoa. Mas só o médico oftalmologista pode indicar o colírio certo, com a dose e o tempo de uso adequados.

Na União Química, temos uma linha completa de produtos oftalmológicos, com opções para diferentes necessidades terapêuticas, incluindo condições como inflamações  e infecções oculares. 

Todos os nossos produtos seguem os mais rigorosos padrões de qualidade, com respeito ao meio ambiente e compromisso com a saúde.

Parte do nosso investimento é direcionado à pesquisa e desenvolvimento, o que nos permite inovar continuamente e oferecer soluções seguras e eficazes para o cuidado ocular.

Conheça nossa linha completa de produtos para saúde ocular e converse com seu oftalmologista sobre as opções de tratamento disponíveis.

Conclusão

A conjuntivite bacteriana é uma inflamação ocular comum, mas precisa de atenção e cuidados específicos. Saber reconhecer seus sintomas, como secreção purulenta e vermelhidão intensa, é o primeiro passo para buscar atendimento médico e garantir um tratamento correto.

Entender os diferentes tipos de conjuntivite, saber o que aumenta os risco de pegar a doença e seguir medidas de prevenção são atitudes importantes para evitar complicações e impedir que outras pessoas sejam contaminadas. 

Mesmo sendo, na maioria das vezes, uma condição leve, é essencial ter acompanhamento médico para proteger a saúde dos olhos  e evitar problemas mais sérios na visão.

A União Química reforça seu compromisso com o bem-estar e a qualidade de vida, oferecendo soluções oftalmológicas seguras e de alta performance, desenvolvidas com base em pesquisa, inovação e responsabilidade socioambiental. Conheça nossas soluções!

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Referências bibliográficas:





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