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Blefarite: o que é, causas, sintomas, tratamento e como evitar

Atualizado em 05/08/2024

Já ouviu falar na blefarite? Essa condição oftalmológica afeta muitas pessoas em todo o mundo e é caracterizada pela inflamação das pálpebras — o que, como você deve imaginar, causa muito desconforto e pode afetar a saúde dos olhos se não for tratada adequadamente. 

Por isso, vamos cuidar da sua saúde ocular com as informações deste artigo. Ao longo dos tópicos abaixo, vamos explorar detalhadamente o que é blefarite, suas causas, sintomas, tratamentos disponíveis e como você pode, inclusive, prevenir-se contra essa condição.

Boa leitura!

O que é blefarite?

Blefarite é uma inflamação crônica das pálpebras, que pode afetar as bordas das pálpebras, os cílios e as glândulas sebáceas localizadas ao redor dos folículos capilares das pálpebras. 

Essa condição pode ser causada por infecções bacterianas ou condições de pele, como é o caso da dermatite seborreica.

Existe mais de um tipo de blefarite?

A blefarite pode ser classificada em dois tipos principais:

  • Blefarite anterior, que afeta a pele até a base dos cílios;
  • Blefarite posterior, que afeta as glândulas de Meibomius, que estão localizadas nas pálpebras e são responsáveis pela produção da camada lipídica da lágrima. A blefarite posterior está frequentemente relacionada à secreção anormal de óleo pelas glândulas.

Ambos os tipos de blefarite podem causar sintomas desconfortáveis, como coceira nas pálpebras, vermelhidão, sensação de areia nos olhos, crostas nos cílios ao acordar e até mesmo perda de cílios em casos mais graves. 

Dessa maneira, a identificação precoce e o tratamento adequado são essenciais para aliviar os sintomas e prevenir complicações.

Quais são as causas da blefarite?

A blefarite pode ser causada por diferentes fatores, incluindo algumas infecções bacterianas — como o Staphylococcus aureus, que pode colonizar as bordas das pálpebras e levar à inflamação — e a dermatite seborreica, que é uma condição de pele que afeta o couro cabeludo, rosto e outras áreas, contribuindo para a blefarite posterior.

Além disso, o problema pode ser ocasionado por meio de uma disfunção das glândulas de Meibomius (que são responsáveis pela produção de óleo que compõem a camada lipídica da lágrima, essencial para a lubrificação dos olhos) ou até mesmo pela presença de ácaros dos cílios.

Vale a pena, também, manter uma atenção dedicada em condições médicas subjacentes, como rosácea, alergias oculares e outras doenças autoimunes que podem predispor à blefarite.

Quais são os sintomas dessa doença?

Pessoa analisando os sintomas da blefarite nos olhos

Embora a blefarite seja uma das doenças oftalmológicas mais comuns do mundo, seus sintomas podem prejudicar a saúde e qualidade de vida dos pacientes.

Isso porque, ela se manifesta de diferentes maneiras. Confira, abaixo, os principais sintomas da blefarite:

  • Sensação de queimação ou ardência nos olhos;
  • Sensação de corpo estranho ou areia nos olhos;
  • Vermelhidão ao redor dos olhos;
  • Sensibilidade à luz (fotofobia);
  • Crostas nos cílios ao acordar;
  • Coceira nas pálpebras
  • Perda de cílios.

Importante reforçar que esses sintomas podem variar em intensidade dependendo do tipo e da gravidade da blefarite, sendo importante consultar um oftalmologista para o diagnóstico e tratamento adequados.

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Como é feito o diagnóstico da blefarite?

O diagnóstico de blefarite geralmente envolve uma primeira consulta com o oftalmologista, seguida de um exame clínico das pálpebras e dos cílios — a ideia principal consiste em  observar sinais como vermelhidão, crostas e espessamento das bordas das pálpebras.

O Teste de Schirmer também pode ser indicado para avaliar a produção de lágrimas do paciente, bem como o exame de fluoresceína para verificar a integridade da camada lipídica da lágrima.

Exames microbiológicos também podem ser recomendados para identificar possíveis agentes infecciosos, como bactérias, e até mesmo exames adicionais conforme necessário para confirmar o diagnóstico e determinar o melhor plano de tratamento para cada caso de blefarite.

Afinal, blefarite é grave? É contagiosa? Tem cura?

Como adiantamos, a blefarite não é uma condição grave — geralmente —, mas pode causar desconforto significativo e impactar a qualidade de vida. 

Em casos mais severos, pode levar à perda de cílios ou afetar a saúde ocular. Mas a boa notícia, em meio a isso, é que a condição não é considerada contagiosa tradicionalmente. Afinal, ela não é transmitida pelo contato direto com uma pessoa afetada, mas por fatores como infecções bacterianas ou ácaros que podem ser compartilhados indiretamente.

E embora a blefarite possa ser crônica e recorrente, é possível controlar os sintomas e manter a condição sob gerenciamento com tratamentos adequados. 

Dessa maneira, a cura completa pode variar de acordo com a causa subjacente e a resposta individual ao tratamento.

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Como funciona o tratamento para a blefarite ocular?

O tratamento para blefarite geralmente envolve a correta higienização das pálpebras — lavá-las regularmente com soluções específicas ou xampus de bebê para remover crostas e detritos — e com o uso de colírios antibióticos, pomadas ou cremes prescritos para tratar infecções bacterianas associadas.

Também é recomendável a aplicação de compressas mornas nas pálpebras para aliviar sintomas, reduzir inflamação e facilitar a limpeza das glândulas de Meibomius.

Agora, se a blefarite estiver relacionada a outras condições, como dermatite seborreica, rosácea ou alergias, o tratamento dessas condições pode ser necessário também.

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Quais são os cuidados durante o tratamento da doença?

Mulher percebendo que está com blefarite

Durante o tratamento da blefarite, é importante adotar alguns cuidados específicos. Reunimos todos abaixo para que você aprenda as melhores práticas para combater efetivamente a doença.

Lavar bem as mãos

Antes de tocar nas pálpebras ou aplicar qualquer medicamento, é essencial lavar bem as mãos com água e sabão.

Limpar as pálpebras

Utilizar soluções específicas ou xampus de bebê para limpar delicadamente as bordas das pálpebras e remover crostas ou detritos.

Suspender uso de lente e maquiagem

Durante o tratamento, pode ser necessário suspender o uso de lentes de contato e maquiagem para evitar irritação adicional e permitir a recuperação.

Aplicar o colírio, pomada, creme ou compressa

Seguir rigorosamente as instruções do médico quanto à aplicação de medicamentos prescritos, como colírios antibióticos ou pomadas.

Quais são os autocuidados para prevenir blefarite?

Para muitas pessoas, adotar práticas simples de autocuidado pode ajudar a prevenir a blefarite e reduzir a frequência de crises. 

Mas alguns bons hábitos têm tudo para afastar de vez o risco de apresentar a doença. Confira, abaixo, nossas principais dicas para manter seus olhos saudáveis:

  • Mantenha uma boa higiene ocular. Para isso, lave as pálpebras diariamente (com uma solução específica para limpeza ocular ou uma mistura de água morna e xampu neutro) e evite o acúmulo de maquiagem;
  • Evite coçar os olhos porque o hábito tende a irritar as pálpebras e propagar bactérias;
  • Proteja seus olhos em ambientes empoeirados, por exemplo, e em outras condições que possam expor os olhos a partículas irritantes;
  • Pratique uma boa alimentação com ingredientes ricos em ômega-3, que ajudam a promover a saúde ocular;
  • Evite fatores de risco, como fumar (o tabagismo está associado a uma maior incidência de problemas oculares) e expor-se a ambientes muito secos;
  • Consulte-se regularmente um oftalmologista para monitorar a saúde dos olhos e detectar precocemente qualquer problema, incluindo a blefarite.

Por falar em saúde ocular, certifique-se de consultar-se com o seu médico para avaliar as melhores opções de tratamento e de prevenção, como o Blephagel, que é uma solução para a limpeza das pálpebras.

Conclusão

Podemos concluir que a blefarite é uma condição oftalmológica comum que afeta as pálpebras, causando inflamação e desconforto significativo. Embora não seja considerada uma condição grave em sua forma típica, ela pode afetar a qualidade de vida devido aos seus sintomas persistentes e recorrentes.

É fundamental, portanto, destacar que a blefarite não é contagiosa no sentido tradicional, pois não é transmitida pelo contato direto entre pessoas. Ainda assim, o seu tratamento é altamente recomendado, já que a situação pode se agravar.

Por falar em tratamento, combate-se a blefarite com cuidados de higiene ocular adequados, como a limpeza regular das pálpebras com soluções específicas e a aplicação de compressas mornas para aliviar os sintomas. 

Por isso, para prevenir a blefarite e reduzir o risco de recorrência, adotar práticas simples de autocuidado é fundamental. E conte com a União Química para cuidar efetivamente da limpeza de suas pálpebras!

Fontes:





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